A Brutalidade e Letalidade da Polícia e as Consequências na Segurança Pública

A questão da brutalidade e letalidade policial é um tema polarizador no Brasil. De um lado, algumas pessoas justificam as ações policiais severas como um meio necessário para a melhoria da segurança pública, apoiando a visão de que “bandido bom é bandido morto”. De outro lado, há aqueles que se mostram profundamente preocupados com a crescente violência policial e o uso excessivo de força em várias ocasiões.

Um exemplo perturbador ocorreu em Santos, onde um homem com deficiência, utilizando muletas, foi morto pela polícia, que alegou ter ocorrido uma troca de tiros. Tragicamente, nove meses posteriormente, o filho de quatro anos deste homem foi morto a tiros pela mesma força policial em frente à sua casa, enquanto estava com sua mãe. O funeral do menino foi marcado pela presença intimidadora de policiais, o que gerou ainda mais preocupação e medo na família.

Outro incidente alarmante teve lugar em Barueri. Um homem, junto com seu pai, estava em frente à sua casa com uma moto cujos documentos estavam vencidos. Quando os policiais militares tentaram apreender o veículo, eles invadiram a propriedade, usando força contra pessoas desarmadas, impediram a filmagem do evento e atacaram uma idosa, que ficou ferida. Tal comportamento agressivo levanta questões sobre a segurança de qualquer cidadão diante dessa polícia.

Em outro caso em São Paulo, um homem foi parado em uma blitz devido à falta de placa em sua moto. Sua desobediência resultou em um dos policiais jogando-o de cima de uma ponte. A justificativa dos policiais era a busca de uma moto roubada. O agente responsável pelo ato foi afastado das suas funções.

Em Umbaúba, Sergipe, Genivaldo de Jesus Santos foi submetido a uma abordagem violenta da Polícia Rodoviária Federal por pilotar sua moto sem capacete. Após ser rendido, ele foi jogado ao solo, teve spray de pimenta aplicado em seu rosto e foi trancado na parte traseira da viatura com uma granada de gás lacrimogêneo. Genivaldo morreu por asfixia após onze minutos de agonia. Essa ação resultou na condenação dos três policiais envolvidos, com o policial que lançou o gás recebendo uma sentença de 28 anos por homicídio triplamente qualificado, e os outros dois a 23 anos cada.

Na Baixada Fluminense, um evento trágico ocorreu na véspera de Natal quando uma família a caminho de um jantar natalino foi erroneamente alvo de um disparo de 26 tiros por parte da Polícia Rodoviária Federal. Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi fatalmente atingida. Surpreendentemente, os agentes envolvidos não ofereceram qualquer ajuda após o engano ter sido percebido.

Em resposta à crescente violência, o Governo Federal propôs um decreto regulamentando práticas de abordagem policial. As medidas incluem o uso de câmeras corporais, armas não letais e uma ênfase na negociação, adotando armas de fogo como último recurso. A legislação também propõe proibir disparos contra pessoas em fuga que não representem perigo.

Apesar do fato da polícia brasileira ser considerada a mais letal do mundo, especialmente nos estados de São Paulo e Bahia, algumas figuras políticas e partes da mídia dominante se posicionam contra medidas restritivas. Contudo, a população demanda maior inteligência, treinamento eficaz, equilíbrio emocional e o cumprimento dos direitos humanos por parte das forças policiais.

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