Uma iniciativa estratégica para suprir as necessidades locais de qualificação para a prevenção de desastres ambientais está sendo implementada no Norte de Minas Gerais, Brasil. Este esforço é resultado de uma parceria entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG).
O curso em questão é destinado à formação de Agentes de Desenvolvimento Socioambiental e será oferecido na modalidade a distância, com 347 vagas disponíveis. As aulas estão previstas para iniciar em fevereiro de 2025. A formação tem uma carga horária total de 160 horas e é gratuita.
O objetivo principal do curso é promover a qualificação profissional no setor de estudos hidrológicos, especialmente nas bacias hidrográficas do Norte de Minas Gerais. A região enfrenta desafios significativos relacionados à gestão dos recursos hídricos, tornando crucial o desenvolvimento de profissionais capacitados para lidar com as demandas específicas dessa área.
Os agentes formados através deste curso terão o potencial para elaborar um Plano Estratégico de Revitalização das Bacias selecionadas, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável da região. De acordo com Fernanda Ayres, diretora de Revitalização e Planejamento em Segurança Hídrica do MIDR, “O norte de Minas Gerais é caracterizado por uma significativa variabilidade climática, com períodos de seca intensa e chuvas irregulares. Isso demanda a implementação de sistemas de monitoramento hidrológico para uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos”.
A formação técnica ambiental dos participantes é vista como uma ação eficiente para garantir a segurança hídrica do país no futuro. “Investir na formação técnica ambiental de jovens é a ação mais eficiente para garantir a segurança hídrica do País no futuro”, declarou Fernanda Ayres.
Essa iniciativa é particularmente relevante considerando a história de desastres climáticos e ambientais na região, como os ocorridos em 2020, quando um frente frio causou devastação significativa, resultando em 56 mortes, 45.284 desplazados e 8.297 pessoas sem hogar, além de danos extensos em várias cidades, incluindo Belo Horizonte[2].